terça-feira , 26 novembro 2024
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Bêbado, governador do DF dá vexame em voo entre Brasília e Lisboa

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), foi advertido com severidade durante o voo 58 da Linhas Aéreas Portuguesas, na noite de domingo, 21, no trajeto Brasília-Lisboa. Motivo: excesso de embriaguez.

Um dos passageiros da classe executiva da TAP, sentado a duas fileiras da poltrona ocupada por Ibaneis, mostrou-se indignado com a postura do governador.

Ibaneis já embarcou bêbado, garantem testemunhas oculares. Na sala vip do Aeroporto JK, em Brasília, ele exigiu ser servido com garrafas exclusivas de vinho. É tradição que a bebida servida seja coletiva e degustada com moderação.

Por conta do forte temporal que desabou sobre a capital da República na hora embarque, o voo foi atrasado em mais de uma hora. Previsto para decolar às 17 horas, o Boeing da TAP só levantou voo às 18h15. Mais tempo, portanto, para que Ibaneis se esbaldasse no álcool.

Em solo, sob o efeito do vinho, Ibaneis Rocha, tendo à sua frente um televisor ligado, que transmitia o jogo Flamengo e Vasco, pegou do celular e ligou para um de seus filhos, fazendo as vezes de locutor, gritando ‘Mengoooooooo’ a cada gol e lances de perigo.

Tradicionalmente reconhecida como briosa, a tripulação do voo 58 (como de resto dos demais aviões da TAP) ficou desconcertada quando o governador, com voz alterada e em tom presunçoso, exigiu embarcar antes de crianças, idosos e passageiros premium.

Após uma curta conversa, foi permitida a exceção. Ibaneis seguiria puxando a fila. Não por sua condição de governador, mas por temor de que, bêbado, regurgitasse sobre outros passageiros à sua frente.

Já sobre o Atlântico, o ‘hospedeiro-chefe’ (líder dos comissários de bordo), embora demonstrando paciência, voltou, discretamente, a advertir o governador, que insistia em jogar no chão da aeronave restos de comida.

O séquito de Ibaneis ficou desconcertado. Parecia um bando de soldados rasos obrigados a carregar seus próprios sacos de suprimentos e o do seu superior hierárquico.

Um deles, fazendo lembrar Rolando Lero, decidiu pedir contenção a Ibaneis. Mas a conversa foi curta e grossa.

– Amado mestre…

– Cale a boca. E mande vir mais uma garrafa de uísque.

(Com informações de José Seabra do Notibras)