Enquanto o PMDB se enrola na pauta miúda da escolha de nomes para disputar eleições, o governador Marconi Perillo (PSDB) voa – literalmente – para defender os interesses do Estado. Na noite de segunda-feira, o tucano reuniu-se no Recife com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e em São Luís com a governadora do Maranhão, Roseana Sarney. Voltou de lá com apoio de ambos para o Projeto de Lei Complementar (PLC) que estabelece regras para concessão dos incentivos fiscais e mantém a alíquota de 12% do ICMS para operações interestaduais.
O PLC foi elaborado pelo governo em parceria com a Associação pró-Desenvolvimento Industrial do Brasil (Adial) e será apresentado ao Congresso. Eduardo Campos disse que é simpático à proposta apresentada pelo governador Marconi Perillo, porque na luta pela continuidade dos incentivos fiscais ela assegura a geração de mais emprego e renda nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Roseana se posicionou favorável à ideia e também encaminhou a proposta do PLC a seu secretário da Fazenda.
Marconi demonstrou aos governadores a preocupação com a manutenção do emprego nos estados, inclusive o seu, assunto que os une, além de mostrar que perderão competitividade fiscal com a proposta do Governo Federal em mudar para 7% e 4% a alíquota do ICMS. “Nós temos um estudo que se houver uma mudança nas alíquotas interestaduais do ICMS, nós poderemos perder 2 milhões de empregos no Nordeste, no Norte e no Centro-Oeste do Brasil. Nós queremos um País que se desenvolva de forma equilibrada,” observou Marconi.
O tucano já havia conquistado o apoio do governador do Tocantins, Siqueira Campos, para o PLC.
Sobre esse assunto, nunca se ouviu uma palavra da turma da oposição.
Fica ruim para eles.