Uma das frases de efeito de Iris Rezende, na inauguração do comitê do PMDB na avenida 85, lançou um bordão preparado pela sua equipe de marketing para tentar rechaçar a peça de que ele é um político que vive com a cabeça na antiguidade política e administrativa de Goiás.
“Eles não tem o passado que eu tenho. O que me dá credibilidade é um passado de luta e honestidade no trato da coisa pública”, disse o velho cacique peemedebista.
De fato: o passado de Iris é um caso à parte. Vejamos: caso Caixego, escândalo Astrográfica, decretão de demissão de 30 mil servidores, carne de Chrnobyl importada pelo Brasil quando ele foi ministro da Agricultura, prisão de um irmão pela Polícia Federal e uma imensa fortuna acumulada paralelamente à sua carreira como homem público.
Tem muito mais. Por exemplo: quando foi prefeito, Iris liberou o gabarito de uma quadra, no setor Bueno, que pertencia a uma irmã sua. No dia seguinte, ela vendeu o imóvel por um valor muitas vezes superior à avaliação de antes da liberação.
Tem mais. Tem mais. Segundo o presidente da Agetop, Jayme Rincón, Iris tem de dar explicações sobre os seus mandatos na Prefeitura de Goiânia, inclusive um pagamento de valor muito elevado à Qualix, empresa de recolhimento de lixo, no último dia do seu segundo mandato, por conta de uma reavaliação contratual.
Voltar ao passado, ninguém quer. Mas, se Iris quiser, vai ser muito desvantajoso para ele.
