Em artigo publicado nesta segunda feita em O Popular – lembrando: o mais importante jornal de Goiás -, a repórter política Fabiana Pulcineli justifica a campanha de ataques e denúncias do PMDB, principalmente as acusações sem prova de Ronaldo Caiado, como “questionamentos”.
A postura de Fabiana Pulcineli é inédita na imprensa brasileira. Veículos isentos e de grande repercussão costumam cobrar provas e submeter as denúncias formuladas por políticos a uma avaliação crítica. Para a jornalista goiana, as denúncias de Ronaldo contra o Detran e a sua declaração de que estava destruindo placas do Governo, não passam de “excessos” – naturais, segundo ela, em uma campanha eleitoral.
Mas a realidade é outra. Ao apontar a existência de um crime, capitulado no Código Penal, caso do suposto desvio de dinheiro no Detran, e não apresentar provas, Ronaldo cometeu outro crime, o de calúnia, que também é registrado no Código Penal. Pior ainda, em se tratando de um portador de mandato eletivo, denunciando sem provas.
Em dois editoriais sucessivos, desde o início da campanha eleitoral, O Popular condenou a “falta de compostura” dos candidatos e o “denuncismo sem provas”. O artigo de Fabiana Pulcineli, nesta segunda, vai no sentido contrário e defende a tese de que a campanha deve ser feita no ataque, com “um mix de construção e desconstrução”.
