Poucos dias depois da liminar concedida pelo Tribunal de Justiça, obrigando o Tribunal de Contas do Estado a liberar a lista completa de servidores efetivos e comissionados, veio a reação.
A liminar foi obtida pelo procurador Fernando Carneiro, do Ministério Público de Contas, que trabalha em uma sala dentro do próprio TCE. Ele é completamente independente, tanto pessoal como funcionalmente. E tem uma postura de choque permanente com os conselheiros que comandam o Tribunal.
A reação veio na forma da abertura de uma investigação interna para apurar um possível vazamento de informações, de responsabilidade do procurador. Segundo o TCE, ele agora passou a ser suspeito de ter publicado informações teoricamente reservadas na internet, repassando-as – adivinhem – ao procurador federal Helio Telho.
Nas redes sociais, tanto Helio Telho quanto Fernando Carneiro combatem com dureza a lei do silêncio que impera nos tribunais de contas, não só em Goiás, mas em todo o Brasil.
Fernando Carneiro, em conjunto com Helio Telho, também é responsável por outra investigação, que busca levantar os casos de nepotismo dentro do TCE. Segundo ele, haveria pelo menos 20 parentes de conselheiros empregados na Corte – mas como o TCE não liberava, até agora, a lista oficial de funcionários, o procedimento não andava.
Nesta quinta-feira, chegou ao Tribunal a intimação da liminar que obriga a instituição a divulgar os nomes de todos os funcionários.