sexta-feira , 26 abril 2024
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Deu a louca: em artigo no DM, Maguito diz que o carnaval exala o “odor fétido das energias negativas” e condena a “sensualidade exuberante” das musas “fantasiadas de nada”

Sem mais nem menos, o prefeito de Aparecida, Maguito Vilela, irrompe no caderno de opinião do Diário da Manhã, nesta segunda-feira de carnaval, para condenar os festejos de Momo – convicto de que o Brasil, como diz, é “a pátria do Evangelho” e que a folia é apenas uma oportunidade para que “as pessoas se entreguem à banalidade do sexo desvairado, do uso incontrolável do álcool, de outras drogas e alucinógenos perturbadores que geram o desequilíbrio e o desvario mental”.

O artigo é longo e radical nos seus termos. “Não é tarefa fácil desvencilhar-se desta muito bem urdida e atraente armadilha da ‘luminosidade’ das trevas”, prega Maguito, aparentemente convertido em pastor crente. Ele verbera contra a exposição das musas das escolas de samba, “fantasiadas de nada” e provocativamente vendendo uma “sensualidade exuberante”.

O prefeito acusa:

“É preciso evidenciar o aspecto pernicioso e negativo contido nos exageros que norteiam a trajetória dos foliões, neste império passageiro da carne.    Ali não raro as pessoas entregam-se à banalidade do sexo desvairado, do uso incontrolável do álcool, de outras drogas e alucinógenos perturbadores que geram o desequilíbrio e o desvario mental”.

No final, Maguito apresenta “uma singela e despretensiosa orientação”, sugerindo aos leitores do DM que se recolham em “orações e preces” em vez de aproveitar o carnaval na farra.