sábado , 27 abril 2024
Goiás

Humilhação: Janot vai propor a deputados que receberam dinheiro da Odebrecht, entre eles Daniel Vilela, “que prestem serviços comunitários” para escapar de punição mais dura

Para escapar de punições mais duras, como sentenças de prisão, já que o crime de caixa 2 é punido com até 5 anos de reclusão, o procurador-geral da República Rodrigo Janot está estudando um abrandamento da pena a que os deputados que receberam dinheiro da Odebrecht, não declarados, possam escapar de sentenças mais duras.

O deputado federal por Goiás, Daniel Vilela, do PMDB, é um dos que poderá ser beneficiado pela medida – oferecendo a Goiás, pela primeira vez, o espetáculo de um político prestando serviços comunitários, como, por exemplo, ajudar na alimentação de crianças nas creches ou até mesmo participar da limpeza de ruas e logradouros públicos.

Trata-se de um instituto jurídico previsto em lei, a suspensão condicional do processo.

Informa o jornal O Globo:

“O procurador-­geral Rodrigo Janot e auxiliares diretos responsáveis pela Lava­ Jato estão examinando a possibilidade de oferecer a políticos (citados nas delações da Odebrecht) a chamada suspensão condicional do processo. Embora o procurador­-geral ainda não tenha batido o martelo, esta é a tendência majoritária nas discussões internas entre Janot e assessores. O crime de omissão de dados à Justiça Eleitoral (caixa 2) pode ser punido com penas que variam de zero a 5 anos de reclusão. Pela avaliação preliminar de investigadores da equipe de Janot, é muito provável que os acusados de caixa 2 e contra os quais não surgirem novos elementos durante as investigações tenham, sim, direito a suspensão do processo”.