sexta-feira , 26 abril 2024
Goiás

Retrospectiva 2017: cinco deputados que fizeram papelão na Assembleia

Há muitos destaques negativos na Assembleia Legislativa em 2017. Eles dividem-se em dois blocos: 1) o dos parlamentares que não produzem nada; e 2) aqueles que, além de não produzir, ainda atrapalham os deputados que querem trabalhar. É desta segunda categoria que o Goiás 24 Horas pinçou quatro dos cinco piores (Daniel Messac, Luis Cesar Bueno, Major Araújo e José Nelto). A exceção é o quinto nome, o do deputado tucano Victor Priori, que merece o puxão de orelha pela baixíssima presença em reuniões e sessões na Casa.

Confira a lista:

1. Daniel Messac (PSDB)

Foi o destaque negativo da bancada governista. Batalhou contra o corte de salário de deputados gazeteiros, que não aparecem em plenário para discutir projetos de interesse do Estado. Fez pouco para recuperar a sua reputação depois de aparecer no escândalo de servidores de gabinete fantasmas (na operação Poltergeist). Seu mandato parece estar muito mais a serviço da igreja evangélica do que do povo goiano.

2. Luis Cesar Bueno (PT)

O pior nele nem é o tom professoral dos sermões que aplica contra o governo, mas a incoerência do seu discurso. Luis Cesar fez muitas críticas à decisão do governador de conceder o direito de exploração das rodovias estaduais a empresas privadas, mas ficou calado quando a ex-presidente Dilma entregou as BRs e permitiu a cobrança de pedágio. Seu discurso é oportunista e sua reeleição está ameaçada pelas dificuldades que o PT deve enfrentar em 2018.

3. Major Araújo (PRP)

Vota contra todos os projetos da governadoria por implicância pessoal e inventa fake news toda vez que sobe na tribuna. Uma vez, por exemplo, ele disse no discurso que o Detran cobrava R$ 5 para quem queria fazer xixi no banheiro do órgão e R$ 10 para quem queria fazer “o número 2”. Brinca com a inteligência das pessoas. Usa e abusa da imunidade parlamentar para ofender adversários. Termina o ano sem um projeto aprovado em favor da população. É um brincalhão.

4. José Nelto (PMDB)

O mais engraçado do deputado Zé Nelto é que ele ri enquanto discursa, ou seja: nem ele se leva a sério. Tem a mesma inclinação do colega Major Araújo para produzir fake news contra o governo estadual, na esperança de que viabilizará sua eleição para deputado federal se polarizar com o PSDB e conquistar os eleitores que rejeitam a administração do governador Marconi Perillo. Hoje ele é menos um líder político e mais uma figura folclórica. No PMDB, nem Iris Rezende, nem Dona Iris e nem Daniel Vilela gostam dele.

5. Victor Priori (PSDB)

Priori tem uma visão equivocada sobre a atividade parlamentar. Desde que foi eleito, em raras ocasiões pisou em plenário, ocupou a tribuna, discutiu projetos de lei em tramitação, participou de reuniões em comissões ou apresentou propostas. Se ele é mesmo um político trabalhador, como dizem seus aliados, não é na Assembleia que este trabalho aparece, o que é um equívoco: dele também se espera que tenha uma rotina parlamentar.