No melhor trabalho jornalístico publicado este ano em Goiás, O Popular denunciou neste sábado as planilhas das empresas de transporte coletivo de Goiânia, aprovadas pela CMTC, por incluir impostos que deixaram de existir há anos.
Gol de placa do repórter Vandré Abreu – e de toda a redação do jornal.
Na prática, a denúncia significa que a população usuária de ônibus está sendo lesada, transferindo para as empresas recursos indevidos.
E muito grave e pode até ser crime.
Essa apuração, dada a dimensão que o debate sobre o abusivo aumento da tarifa assumiu em Goiânia, caberia ao Ministério Público – por se tratar da defesa de um direito difuso, que é o direito do consumidor.
Mas qual? O Ministério Público se omitiu e continua omisso no episódio. O promotor da área do consumidor, Murilo Miranda, chegou a faltar – alegando motivação pessoal – a uma audiência pública na Assembleia, em que o Procon também denunciou outras inconsistências nas planilhas das empresas.
O repórter Vandré Abreu e O Popular, neste sábado, valeram por uma instituição.
LEIA MAIS:
Isso é crime e é grave: povo paga até CPMF na tarifa do transporte coletivo de Goiânia
Contrato que cobra do povo tarifa com impostos inexistentes é do tempo de Iris na Prefeitura
O Popular prova que planilhas das empresas são fajutas. E agora, Paulo Garcia?
Presidente da CMTC ataca Procon mais uma vez e dispara: “Está mal informado”
Piada do ano: revisão e auditoria nas planilhas das empresas vão durar 2 meses
Planilhas apontam 35% de gasto com combustível, Procon fala em 20%, mas em SP não passa de 17%
Aumento da tarifa de ônibus de Goiânia, de 11,11%, foi superior à inflação do período, de 6,5%
Aumento da tarifa de ônibus em Goiânia foi de 11,11%, mas em São Paulo foi menor: 6,7%