Pelo Twitter, a deputada estadual Isaura Lemos (PCdoB) demonstrou incômodo com o clima de caça às bruxas que se abateu sobre a bancada de oposição depois que dois de seus pares retiraram, na surdina, suas assinaturas do requerimento para abertura de três CPIs. A parlamentar garantiu que não foi ela quem sabotou os planos da oposição e rogou à imprensa que abandone o campo da especulação.
Isaura não foi a primeira a se manifestar. Major Araújo (PRB) avisou que está rompido com o grupo. Samuel Belchior (PMDB) promete punição se o desertor vier a habitar as fileiras do PMDB. Karlos Cabral (PT) cobra não só os nomes, como penalização severa.
Há suspeitas, e elas recaem sobre Ney Nogueira (PP), Simeyzon Silveira (PSC), Luiz Carlos do Carmo (PMDB) e Paulo Cezar Martins (PMDB). Os dois primeiros teriam paricipado de uma reunião no gabinete da Presidência da Assembleia um dia antes de os requerimentos caírem.
O presidente Helder Valin (PSDB) não vai revelar quem são os desertores. Argumenta que não seria ético de sua parte. Ele está certo: cabe tão só aos revelarem suas identidades.
O ano mal começou e, antes que pudesse causar estrago, a oposição se despedaçou.
Bem disse o deputado Caiado: o episódio desmoralizou a oposição.