Integrante do baixo clero da Assembleia Legislativa, deputado Lucas Calil (PSD) precisa parar falar bobagens e se informar melhor para não passar vergonha.
Para fazer média com a mineradora Sama e com trabalhadores de Minaçu, ele defende a extracão do amianto e diz que não há estudos contundentes que provam que o minério seja cancerígeno.
Como assim, deputado? Existem sim – e todos unânimes em apontar o risco de morte do emprego e manipulação do amianto, especialmente dos trabalhadores que trabalham na extração.
O Supremo Tribunal Federal, depois de um longo debate que durou 13 anos, baniu o amianto crisotila do país, proibindo seu uso em telhados e caixa d’água, como, aliás, já ocorre em quase uma centena de países, por conter substâncias cancerígenas.
O amianto, quando cortado ou manuseado, gera um pó que pode causar doenças graves como câncer de pulmão, laringe, estômago e ovário. Uma vez dentro do corpo humano, o amianto nunca mais é eliminado. Segundo estudos da Fiocruz, não há nenhuma dose de exposição considerada segura.
A Sama – Minerações Associadas – foi condenada pela Justiça Federal ao pagamento de R$ 500 milhões por danos morais coletivos. A decisão aponta que o valor deveria ser destinado aos municípios baianos de Bom Jesus da Serra, Poções, Caetanos e Vitória da Conquista para ser utilizado para aquisição de equipamentos e construção de unidades para tratamento de doenças associadas à exposição do amianto.
O G24H sugere que o deputado Lucas Calil dê o seu exemplo pessoal e coloque telhas e caixa d’água de amianto na residência dele.