sábado , 27 abril 2024
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Jornal Opção: Cais de Campinas continua com problemas de urgência pediátrica

Tumulto, gritos e choros: quase dois meses após o anúncio de descentralização da urgência pediátrica goianiense o cenário aparenta ser ainda mais grave que em outros períodos. Em visita do Jornal Opção ao Cais de Campinas, mães desabafaram.

As mulheres reclamam que estão no Cais desde o começo da manhã desta segunda, 27, e que os médicos paralisam o expediente e não explicam o porquê da demora. Uma senhora de 76 anos aguardava, desde 8h, atendimento para a neta, sem almoço. A equipe do Opção falou com ela às 15h40.

Dona Zilda Maria Fernandes, a senhora de 76 anos, diz que a neta tem passado mal. Conforme ela, a menina tosse e reclama de dor no peito durante a noite e, por isso, elas vão esperar o atendimento. “Está sem previsão de atendimento”, pontua frustrada.

Desespero

Sileia Melgaz tenta atendimento para a filha, que está com infecção, há quatro dias. No Jardim Curitiba, primeiro local onde foi, informaram que somente no Cais de Campina haveria pediatras.

“Os médicos não estão atendendo conforme tem que ser. Falta médico. A gente chega às 8h da manhã e sai às 10h da noite. Só tem um hospital pediátrico funcionando”, disse aos prantos, com a filha no colo.

Da mesma forma, Neila Bárbara veio de outro setor para buscar atendimento para a filha, que pode estar com Zica ou Dengue. “Não tem pediatras em outro local”, afirma a mãe que, de carro, levou 40 minutos só para se deslocar ao Cais [de carro], onde estava desde 10h.

A filha de Neila não foi classificada com urgência. Por conta da lotação, ela afirma estar preocupada que a filha seja infectada com outras doenças. Apesar disso, a mãe teme também pela saúde dos demais pequenos. “Tem criança vomitando, desmaiando… Eles dizem que têm três médicos, mas só estou vendo um”, disse desconfiada.