A ideia de nomear o filho embaixador em Washington (EUA) parece tão absurda que boa parte do mundo político, em Brasília, ainda acha que o presidente Jair Bolsonaro, conhecido gozador, teria combinado com o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) essa “pegadinha” contra jornalistas. Mas o que pode ter começado como piada ganha contornos oficiais e rompe uma tradição: desde o governo Sarney, só experientes diplomatas de carreira foram embaixadores do Brasil em Washington. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Pior é a justificativa de Bolsonaro: “o garoto fala inglês e espanhol”. Como se embaixador e um tradutor fossem a mesma coisa.
“Eduardo é amigo dos filhos de Trump”, diz o presidente, quando na verdade embaixador tem agenda mais complexa do que isso sugere.
Bolsonaro talvez ignore que o papel de embaixador exige qualificação, experiência. Na Secretaria de Estado dos EUA não há amadores.