A imprensa goiana despejou uma caminhão de asneiras na tentativa de analisar as manifestações no Brasil e em Goiás.
Teve jornalista que até procurou esclarecer os leitores informando que “quem protesta, protesta contra algo” (Karla Jaime, de O Popular).
Outros, entraram na repetição pura e simples dos fatos, sem conseguir formular nenhuma tese, nenhuma ideia interessante sobre o significado das manifestações. Nem precisa dizer quem foi.
De um olhar crítico, a maioria esmagadora fugiu, preferindo canonizar e comemorar (essa quem sacou foi Euler Belém) os protestos, sem procurar avaliar também as suas contradições e equívocos.
Da mediocridade geral, escaparam o colunista das mulheres peladas da última página do Diário da Manhã, Luiz Augusto Pampinha, e o editor –chefe do Jornal Opção, o enciclopédico Euler Belém.
Pampinha debochou e brincou à vontade com os protestos. Mostrou, enfim, que toda unanimidade é burra e que não há nada sobre a face da terra que não possa ser objeto de uma crítica bem humorada e inteligente.
Euler Belém foi o Euler Belém de sempre. Erudito, iconoclasta, escreveu pouco sobre os protestos, mas foi fulminante nos seus textos, como sempre levantando aspectos que ninguém viu, que ninguém percebeu. Ele moeu a cobertura, por exemplo, de O Popular, que ele comparou ao programa do Faustão, que apresenta os cantores que vão ao seu programa como “o melhor do mundo”, o”maior da história”, assim como o POP disse em manchete principal que a quinta-feira dos protestos foi “um dia para ficar na história”.
Parabéns aos dois, Pampinha e Euler Belém, que salvaram a cobertura das manifestações, na imprensa goiana, da letargia e da burrice.
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