quarta-feira , 25 dezembro 2024
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Secretária de Educação de Caiado ataca diretores e MPG repudia

Em razão das últimas declarações da secretária de educação Fátima Gaviolli, a AMPG declara total repúdio a maneira como ela tem transmitido à imprensa uma imagem negativa dos diretores das unidades escolares da rede pública estadual de ensino.

Após a repercussão negativa de que o EJA presencial seria extinto, e que, portanto, as escolas não deveriam abrir novas turmas, a secretária de Educação afirmou, numa entrevista ao jornal O Popular, que houvera um mal entendido por parte da comunidade escolar. Declarou que um documento foi enviado às escolas, que não tem autorização, não deveriam tomar a iniciativa de abrir turmas de EJA, mas que as que têm autorização poderiam fazê-lo normalmente. O que não condiz, pois várias unidades que já têm turmas de EJA receberam memorando que orientava a não mais abrir turmas de 1º período, uma vez que o EAD do EJA seria implantado.

O pior, no entanto, foi que, de forma imprudente, a Sra. Gaviolli afirmou com todas as letras que “aí tem um agravante. O diretor ganha por turno. Abrem EJA noturnopara ganhar um pouco mais, com 15 alunos”. Segundo a MPG, tais palavras geraram um mal-estar dentro da categoria, uma vez que passa a impressão que nossos diretores são um bando de mercenários preocupados consigo mesmos. Faz com que a população imagine que os gestores não estão importando a qualidade da educação.    Informamos que para a abertura de novas turmas da Eja nas unidade escolares da Rede Estadual é necessário a autorização do núcleo de estatística e estudo de rede da Secretaria de Educação. Essa visão de que todas as unidades escolares podem abrir turmas quando e onde quiser demonstra o total desconhecimento da secretária de Educação em relação à organização do sistema de ensino de Goiás.

A MPG diz que “temos ciência que os diretores são sobrecarregados pela burocracia governamental e pelo acúmulo de funções, recebem uma gratificação ínfima e agora estão sendo atacados pela própria secretaria de educação”.

E conclui: “Diante dessa declaração, que esperamos ser apenas infeliz, e não uma forma de depreciar nossos diretores, queremos exigir respeito para com eles, por saber que não é fácil administrar unidades que têm um orçamento restrito diante tantas exigências do poder público e ganhando um salário que não corresponde ao tamanho de suas responsabilidades. Aproveitamos o ensejo e convidamos todos os diretores para somar à luta, pois somos todos professores e devemos nos unir para resistir ao desmonte da educação pública, que como sabemos, não é  uma política de governo, mas de estado”.