sábado , 27 abril 2024
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“Quem tem que governar é Caiado, se não consegue, que peça para sair”, afirma Talles

Em pronunciamento contudente na tribuna da Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (9/8), o deputado estadual Talles Barreto, líder da bancada do PSDB, afirmou que o governador Ronaldo Caiado (DEM) tem de chamar para si o comando da administração e que, caso não seja capaz de assumir a tarefa, tem de renunciar. O parlamentar afirmou que a missão de governar é “muito difícil” e que, para exercê-la é preciso “abrir os olhos, enxergar os problemas e assumir responsabilidades.

“Novamente venho à tribuna para dizer que quem ganhou a eleição foi Ronaldo Caiado. Quem tem que governar, bem ou mal, é ele, ninguém mais. Essa Casa não pode ser omissa em realação a isso”, disse Talles. “Quem se elegeu governador foi Ronaldo Caiado, se não está dando conta, que peça para sair. Se não está assimilando, que peça para sair, que peça uma licença para ficar em Brasília, onde ele tanto gosta de ficar”, afirmou o líder do PSDB na Assembleia.

“O caminho desse governo não tem mais volta. Isso é fato. É só falar com o povo para ver o que o povo está achando”, disse Talles, para relatar o sentimento de frustração em relação ao cumprimento dos compromissos assumidos por Caiado durante o processo eleitoral. “O atual governo vendeu um produto para a sociedade mas não o entregou. Eles venderam, mas não entregaram. A popularidade deste governo já caiu 50%. O povo já não está acreditando mais. Isso é fato. Aceitem”, afirmou.

Talles disse que a tarefa dos partidos de oposição é cobrar resultados e mostrar o desrespeito com os compromissos assumidos com a população. “Não estamos aqui para falar mal, para falar à toa. Estamos fazendo o papel de oposição para qualquer governo no mundo”, afirmou o deputado estadual, que voltou a condenar as tentativas de Caiado e seus secretários de tentar responsabilizar a gestão passada pelos “erros” e pelo “fracasso” da atual administração.

“Abram os olhos, enxerguem os problemas, assumam a responsabilidade do Estado, que não é fácil. Não é fácil, é muito difícil ser poder. Muito difícil. É para poucos. O governo passado foi um grande governo. Pode até ter tido seus erros, mas foi um grande governo, mas este é fracassado”, afirmou o deputado, citando a “ausência de uma agenda de realizações de governo”, “as demissões sem explicação” na direção da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego) e a priorização para a escolha de auxiliares de governo oriundos de outros Estado.

O deputado estadual disse que Caiado tem o desafio de manter Goiás na rota do desenvolvimento econômico e humano iniciada a partir da redemocratização. “Reconhecemos os avanços dos governos do MDB. Nossos governos recberam o Estado e avançaram ainda mais. Criamos novos programas e melhoramos os que recebemos”, disse. “Esse é um governo cheio de problemas, cheio de forasteiros, de pessoas que só pensam em si. Um governo que não se preparou para assumir o poder”, afirmou.