Os primeiros oito meses do mandato do governador Ronaldo Caiado (DEM) confirmam o abismo político e administrativo que o separam de seu antecessor, Marconi Perillo (PSDB), afirma o presidente estadual do PSDB, o prefeito de Trindade Jânio Darrot. “Goiás vive paralisia e apatia sem precedentes. Com esse mesmo tempo de gestão, em 1999, Marconi já havia implantado as ações e obras que marcam a história da gestão estadual até os dias atuais”, diz Jânio.O presidente do PSDB estadual afirma que a comparação entre os primeiros oito meses de governo de Marconi e Caiado se impõe em função dessa dicotomia. “Marconi assumiu o governo com uma mensagem de esperança. Uniu servidores, trabalhadores e empreendedores em torno de uma agenda comum, de crescimento econômico e social”, disse. “O otimismo prevaleceu mesmo diante de um quadro muito difícil e adverso, com três das 13 folhas salariais atrasadas, por exemplo.”
Caiado, afirma Jânio, fez exatamente o inverso. “O atual governador repete diariamente o mantra do caos. Diminuiu a auto-estima dos goianos o tempo inteiro. Divide o nosso povo, espalha o ódio e o pessimismo”, afirma. “Caiado assume numa situação fiscal razoável, para dizer o mínimo. Mesmo assim, se recusa até mesmo a quitar a parte da folha de dezembro que competia e ele honrar. E, desde que assumiu, optou intencionalmente pelo falso discurso da terra arrasada”.
O prefeito de Trindade disse que os meses que se seguiram à vitória de Marconi, em 1998, foram marcados por manifestações de interesse pela economia de Goiás. “Os investidores nacionais voltaram seus olhos para nosso Estado. A vitória do Marconi, um jovem arrojado, voltou as atenções do país para cá. O governador percebeu esse potencial e trabalhou para criar os incentivos necessários para atrair novos negócios. Desde então, geramos R$ 1 milhão de empregos”, relembra.
Com Caiado a situação se inverte, diz o prefeito, que também é empresário. O atual governador, com seu discurso de que Goiás afundou, afugenta os investimentos e afasta o interesse do país e do mundo pelo nosso Estado. Afinal, se o governador afirma que estamos à deriva, como esperar que os investimentos apareçam?”, questiona Jânio Darrot. “Estamos em meio a um círculo vicioso de pessimismo, que acabará, de fato, nos jogando no abismo”, afirma ele.
Jânio também compara os movimentos administrativos do início das duas gestões. O que Caiado fez até agora? Quais obras lançou? Quais programas novos apresentou para a população? Que ações ou iniciativas importantes ele conseguiu aperfeiçoar ou ampliar? A resposta é simples e curta: não há novidade, não há sequer uma agenda ou propostas sobre a direção a ser tomada”, afirma. “A desproporção é assustadora”, diz.
O presidente do PSDB lembra que, em agosto de 1999, oito meses após assumir o mandato, Marconi “já havia colocado a folha salarial em dia, já havia apresentado os programas Renda Cidadã, Bolsa Universitária, Cheque Moradia, a criação da Universidade Estadual de Goiás (UEG), as medidas de valorização dos professores, as parcerias com as prefeituras e obras importantes nas estradas já estavam em andamento”.
Jânio lembra que o movimento administrativo se dava em todas as áreas. “No saneamento, por exemplo, já estavam em pleno andamento os estudos para ampliação das redes de água e esgoto. Nos anos seguintes, Goiás teve o maior volume de obras de saneamento de sua história. Marconi concebe a barragem do João Leite, que está pronta e cheia, nesse período”, relembra o presidente estadual do PSDB goiano.
Ao citar os primeiros oito meses de Caiado, Jânio afirma que a situação é oposta. “A Agetop está parada e as obras de manutenção das rodovias estão abandonadas. Os programas sociais estão suspensos e não há qualquer informação sobre quando e se serão retomados. Na Saneago, o único tema é a privatização. Na Celg Geração e Transmissão, mesma coisa. Na habitação, as casas entregues foram construídas no governo passado”, afirma. “Estamos diante de uma paralisia administrativa sem precedentes”, diz.
O presidente do PSDB afirma que o Estado precisa romper urgentemente com a paralisia. “Há um movimento no país de retomada da confiança, em todos os Estados. Os governadores estão trabalhando para, segundo cada realidade local, criar as condições para uma nova fase de crescimento. O Congresso Nacional está promovendo uma agenda de reformas. O governo Caiado precisa acordar para essa realidade.