Observe, leitor, como o prefeito Iris Rezende (MDB) voltou novamente nos últimos dias suas baterias administrativa para a crise sem fim do transporte coletivo de Goiânia.
O prefeito movimentou sua agenda em torno do assunto: fez reunião com o governador Ronaldo Caiado (DEM), reclamou das empresas concessionárias, tratou do assunto com vereadores e reclamou até dos idosos e dos estudantes, que, segundo ele, “afundaram” o sistema.
Em 2004, quando resolveu voltar à política como candidato a prefeito, Irisfez a mesma coisa. Disse que resolveria o problema em seis meses.
Ele se reelegeu em 2008, largou a prefeiura para disputar o governo do Estado, em em 2016, voltou a concorrer ao Paço de novo apelando para o mantra do transporte. Disse que o antecessor, Paulo Garcia, do PT, que ele escolheu como vice e depois carregou nas costas em 2012 na reeleição, destuiu o que tinha sido feito logo antes.
Mentira. Iris não fez nada pelo transporte, nem antes, nem depois e nem agora. Não fará também caso se reeleja.
Aliás, Iris fará, sim. Fará o jogo das empresas, que gostam de ganhar muito e gastar pouco com transporte coletivo.
Agora, as empresas querem o Eixo Anhanguera, a mais rentável de todas as linhas. Iris está lá, firme e forte, trabalhando com Caiado para isso.