São muitas e complicadas as consequências de uma decisão do governador Ronaldo Caiado (DEM) de encampar a disputa pela vice de uma eventual chapa do presidente Jair Bolsonaro (PSL) à reeleição em 2022.
A primeira delas é que Caiado teria de encurtar seu mandato em oito meses – para concorrer à vice-presidência, teria de deixar o governo seis meses antes da eleição, portanto em 2 de abril de 2022. É que, disputando a reeleição de governador, Caiado pode permanecer no cargo e acumular gestão e campanha.
A segunda, é que terá ainda menos tempo para mostrar os resultados de um governo que, até agora, não disse a que veio nem dá sinais de que dirá algum dia.
Se decisão de Caiado fosse tomada hoje, em vez de 40 meses, ou pouco menos de três anos e meio, faltariam 32 meses para o seu governo acabar, ou seja, dois anos e meio.
De quebra, deixaria o governo livre para o vice Lincoln Tejota, que poderia disputar a reeleição.
Dá pra imaginar o que seria pior?