O jornalista Eduardo Horácio escreve no site Poder Goiás que “ferrenhos adversários há mais de uma década em Goiás, o governador Ronaldo Caiado (DEM) e o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) protagonizaram uma intensa troca de ataques nos últimos dias – certamente, de lado a lado, o embate mais duro na história recente do Estado. Antes disso, só o embate de Marconi e Demóstenes em 2006 foi parecido, mas não teve a mesma proporção de agora. Não há como deixar de notar, porém, que o tucano segue defendido publicamente por seus aliados, enquanto o governador age sozinho. Marconi tem um grupo de defensores fiéis, enquanto Caiado não”.
Segundo ele, “nenhum auxiliar de primeiro escalão defendeu o governador publicamente. Também não houve parlamentar estadual ou federal que viesse a público para reforçar as críticas às gestões do PSDB, ainda que pudessem evitar os incomuns ataques pessoais.
Nem mesmo assessores foram às redes sociais compartilhar o conteúdo desferido por Ronaldo Caiado. As comemorações resumiram-se às rodas de conversa nos cafés do Palácio ou aos grupos de WhatsApp, onde lá sim há verdadeiros ‘leões’ na defesa do atual governo.
A impressão é que Caiado ‘prega no deserto’ quando o assunto é o enfrentamento a Marconi Perillo. Mesmo derrotado, muito rejeitado pela população, Marconi segue temido pela maior parte da classe política em Goiás, que prefere distância de qualquer embate”.
Horácio diz ainda que “se o governador Ronaldo Caiado não tem retaguarda na cruzada que faz contra Marconi, o mesmo não pode ser dito sobre o tucano. Ainda hoje, o ex-governador ostenta um grupo que o defende. Os deputados Talles Barreto, Gustavo Sebba, Lêda Borges e o ex-deputado Jardel Sebba, todos do PSDB, são exemplos de lealdade ao ex-governador”.