Quarta-feira, 11 de setembro de 2019: um dia para esquecer em Goiás. A Assembleia Legislativa – ou melhor, a base aliada ao governo estadual – aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de autoria do governador Ronaldo Caiado (DEM) que reduz de 27% para 25% o percentual de receita do Estado que o governador tem obrigação de gastar com ensino básico, fundamental e com a UEG.
Cálculos de deputados e de técnicos do governo estimam que a PEC proporcionará uma tesourada de R$ 500 milhões no dinheiro que é aplicado no aprendizado de crianças e adolescentes. No processo de discussão da matéria, parlamentares governistas tentaram criar confusão com o argumento de que haveria aumento, e não redução da fatia orçamentária da Educação – o que é tão absurdo que sequer merece comentário.
A UEG é um capítulo à parte nesta história. É líquido é certo que haverá um corte profundo na verba da universidade – já combalida. O curso de medicina veterinária de São Luís dos Montes Belos parou por falta de professores. O curso de fisioterapia cambaleia. Tantos outros passam pela mesma situação. O vestibular está sob risco de sequer acontecer. Não será surpresa se, em muito breve, vários campi da UEG forem fechados.