Os veículos de comunicação do Grupo Jaime Câmara continuam ignorando completamente os protestos de rua, em Goiânia e em todo o Brasil, no que diz respeito ao fato de que a grande imprensa também é alvo da insatisfação da sociedade.
Nesta quinta-feira, uma manifestação se transformou em passeata e foi até os portões do GJC, onde slogans sobre o poder de manipulação da mídia tradicional (e em especial a Rede Globo) foram gritados, enquanto um batalhão da Polícia Militar impedia a invasão do prédio.
Mas, na cobertura do incidente, a TV Anhanguera dedicou uma curta citação e uma imagem rápida, quando o repórter Adriano Reges, em off, informou rapidamente que “a manifestação terminou na frente da sede do Grupo Jaime Câmara”, sem dar mais detalhes.
Em O Popular, na página 3, foi publicada uma foto em tamanho reduzido dos manifestantes, com a sede do GJC ao fundo. O texto, também resumidamente, diz apenas que o grupo aproveitou o local para “protestar contra a cobertura de toda a mídia”, que foi acusada de “fascista e manipuladora”. E mais nada foi dito.
De positivo, foi a primeira vez que veículos do GJC reconheceram que a grande imprensa é alvo dos protestos.
De negativo, a manipulação das informações, que não condizem com a realidade. A manifestação não terminou na porta do GJC, mas foi para lá com um objetivo específico. E também não foi direcionada para protestar contra a cobertura de toda a mídia, mas especificamente contra a grande imprensa e mais especificamente ainda contra a Rede Globo, da qual a TV Anhanguera é emissora afiliada.
LEIA MAIS:
Um desafio a responder: novo presidente do GJC assume em dia de protestos na porta da empresa