O Ministério Público de Goiás (MP-GO) propôs ação civil pública por ato de improbidade contra o prefeito de Luziânia, Cristóvão Vaz Tormin; o secretário de Finanças, Edgar José Gomes; e o filho do secretário, Carlos Germano de Queiroz Gomes, em razão da ocorrência de nepotismo na prefeitura envolvendo os acionados.
De acordo com os promotores de Justiça Julimar da Silva e Jean Cléber Zamperlini, são muitos os casos de nepotismo no âmbito da administração municipal, o que motivou a abertura de mais de cem procedimentos de investigação. Um deles apurou a prática de nepotismo pela nomeação e manutenção em cargo comissionado do servidor Carlos Germano, filho do secretário Edgar José.
Verificou-se que Edgar José é servidor efetivo aposentado e foi nomeado secretário em dezembro de 2014. Já o filho, Carlos Germano, foi nomeado em 2017 no cargo de assessor executivo, lotado no gabinete do prefeito. Apesar de sua lotação original, ele presta serviços na Secretaria de Administração, em apoio à Comissão de Licitação, em desvio de função.
Em abril deste ano, após a constatação de diversas irregularidades no quadro funcional da prefeitura, o MP-GO recomendou ao gestor a exonerar os servidores em situação de nepotismo, o que não ocorreu. Desta forma, os promotores requereram o afastamento de Edgar José e Carlos Germano dos cargos públicos para os quais foram nomeados, com prejuízo de vencimentos, proibindo-os do exercício em qualquer cargo comissionado na prefeitura, sob pena de multa diária e pessoal ao prefeito, no valor de R$ 10 mil.
No processo, foi pedido ainda o bloqueio de bens dos acionados, como forma de garantir futuro pagamento de multa civil. No mérito, o MP-GO requereu a condenação dos três nas penalidades previstas na Lei de Improbidade Administrativa.