sexta-feira , 29 março 2024
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É o fim: sem assegurar direitos, Caiado fala em possível demissão de servidores concursados

Sindsaúde, Coren-GO, Sieg e uma comissão de trabalhadores do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) se reuniram nesta terça-feira (17) com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado. A reunião ocorreu no Palácio Pedro Ludovico Teixeira por intermédio do deputado Vinicius Cirqueira (Prós). Na pauta, estava a tentativa de evitar redução de salário, aumento de carga horária, demissões de celetistas e remoção de concursados do hospital.

Outros assuntos também foram abordados. A presidenta do Sindsaúde, Flaviana Alves, enfatizou a “necessidade de recompor urgentemente as perdas salariais da categoria uma vez que, os trabalhadores da saúde estão entre os que mais têm sofrido com a retirada de direitos nos últimos anos”.

No entanto, o governador alegou dificuldades financeiras para atender as reivindicações e falou em medidas mais rígidas. “O cenário que o governo nos apresentou foi pior do que aquele que levamos do Hugo” explica a secretária Geral do Sindsaúde, Luzinéia Vieira.

“O governador não fez cerimônias ao afirmar que não há possibilidade de reverter a situação do Hugo e que as demissões nos próximos meses serão ainda maiores” conta.

Caiado chegou a mencionar a possibilidade de demissão até de servidores efetivos. “Pelo que o governador demonstrou, a população não terá que lidar apenas com a demissão de trabalhadores terceirizados ou remoção de efetivos, mas com a exoneração de servidores concursados“, relata Luzinéia.

O governador alegou que a suspensão pelo Supremo Tribunal Federal das Emendas Constitucionais 54 e 55 na última quarta-feira (11) que criaram o teto de gastos no Estado e retirou as despesas com pensionistas do cálculo com gasto de pessoal é o motivo para o arrocho.

“Cogitar corte de pessoal na saúde é preocupante visto que o setor já sofre deficiência no quadro de servidores. Isso impossibilitaria ainda mais a prestação adequada do serviço à população”, alerta a presidenta do Sindsaúde.

“Ressaltamos junto ao governador que a postura da atual gestão precisa se diferenciar das anteriores as quais impuseram uma política de asfixia aos trabalhadores da saúde. A categoria precisa ser valorizada e respeitada. Por outro lado, faço questão de frisar que o momento exige urgentemente de nós, servidores, uma sólida mobilização em defesa dos nossos direitos“, conclui Flaviana.

Assembleia

Uma assembleia com servidores terceirizados e concursados ficou convocada para sexta-feira (20), às 18h, no pátio do Hugo.