Em discurso realizado no Pequeno Expediente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), a deputada estadual Lêda Borges (PSDB) declarou apoio à Luta Antimanicomial. Para a parlamentar, pessoas com transtornos mentais devem ser tratadas com respeito, dignidade e liberdade como qualquer cidadão. Pronunciamento foi feito na tarde desta quinta-feira (10).
A tucana cita três grandes movimentos que representaram um marco na luta contra os manicômios. Em 1987, o Encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental e a Conferência sobre Saúde Mental e, em 2001, a Reforma Psiquiátrica. “Foi a partir dessa reforma que os pacientes passaram a ter maior atenção fora dos manicômios, com tratamentos dignos”, afirma.
“Anterior à reforma, tais pessoas ficavam presas em manicômios e eram tratadas sem nenhuma dignidade com tratamentos invasivos e desumanizados. Com ela, porém, um movimento social de inclusão, reintegração social e de reconstrução se instaurou no Brasil em defesa dos direitos da pessoa com doença mental”, afirmou.
Segundo a parlamentar, com a reforma houve incentivos ao tratamento humanizado e aos poucos os manicômios deixaram de existir, fortalecendo a rede psicossocial, o que resultou na criação de programas como o Brasil Escaps e Equipe Multidisciplinares, que atuam nas redes públicas de saúde.
“As pessoas devem ser respeitadas e não retiradas do convívio social. Nos manicômios são dados medicamentos que deixam as pessoas alheias ao convívio social. No Dia Internacional da Saúde Mental, eu quero declarar o meu apoio à Luta Antimanicomial, contra os manicômios nesse país, pois é um desrespeito ao ser humano”, pontuou a deputada.