Durante reunião da CPI dos Incentivos Fiscais, os deputados membros da Comissão se manifestaram contra decisão da Justiça que autorizou o empresário Wesley Batista Mendonça Filho a não comparecer para prestar depoimento.
O deputado Henrique Arantes (MDB) afirmou que considera arbitrária a decisão. “A partir do momento que ganharmos em segunda instância, tem que mandar a polícia buscá-lo para depor nesta Comissão Parlamentar de Inquérito”, enfatizou o deputado.
Álvaro Guimarães (DEM) informou que a justificativa da liminar seria que não ficou claro se Wesley Filho vai depor como representante da JBS ou testemunha. “Mas todos que vieram até aqui foram muito bem recebidos e puderam prestar esclarecimento à CPI e a toda a população goiana”, salientou.
Já o deputado Humberto Aidar (MDB) afirmou que a liminar abre uma prerrogativa perigosa, permitindo que outros convocados tomem a mesma medida. “Esta liminar foi uma decisão menos inteligente do que nota contra a CPI publicada na imprensa por associações de empresários. Nós vamos derrubar essa liminar”, disse.
Major Araújo (PSL) afirmou que a CPI tem prerrogativas de um inquérito policial, por isto sugere recorrer ao Códido de Processo Penal para que sejam tomadas as medidas legais adequadas. “Esta ofensiva da JBS exige de nós uma resposta dura. Podemos solicitar a quebra de sigilos telefônico e fiscal, além de outras medidas”, sugeriu.
Major Araújo (PSL) lembra que o incentivo fiscal à JBS foi concedido num momento de grande dificuldades financeiras para o Estado e que o governador e o próprio dono da empresa seriam candidatos a governador na mesma época.
Vinícius Cirqueira (Pros) acredita que a liminar vai ser derrubada. É público e notório o envolvimento da JBS em outras CPIs e igualmente obteve liminar para não comparecer à CPI da JBS. Todos vieram prestrar esclarecimentos, mas os representantes da JBS jogaram a chance por água abaixo.
Para Talles Barreto (PSDB) seria uma grande oportunidade da JBS prestar os devidos esclarecimentos sobre incentivos fiscais recebidos pela empresa. “Não teve nenhum empresário que alegou passar por constrangimento nessa CPI. Então qual o medo de vir aqui?”, indagou.
