A política externa dos governos do PT que prestigia atores secundários da cena mundial, como a Argentina, a Bolívia, a Venezuela e o Equador, em detrimento dos parceiros que realmente têm peso no processo internacional, como os Estados Unidos, a Inglaterra e a França, acabou de sofrer um golpe profundo.
A presidente Dilma Rousseff vem se mostrando “indignada” com as restrições e a revista a que foi submetido o avião do presidente boliviano, Evo Morales, ao sobrevoar a Europa, voltando da Rússia para o seu país de origem.
Pois agora descobriu-se que aviões da FAB foram colocados sob suspeita na Bolívia. Um deles, com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, a bordo, chegou até a ser revistado no aeroporto de La Paz.
O avião estava transportando o chanceler brasileiro em missão oficial e, portanto, tinha imunidade diplomática.
A revista foi feita atrás de opositores do governo Evo Morales, que poderiam estar recorrendo a um possível asilo político no Brasil.
Pois é assim: Dilma reclama do tratamento que os europeus deram ao avião oficial de Morales, mas aceita calada a humilhação que o país vizinho impõe ao Brasil.