O vereador Andrey Azeredo (MDB), ex-presidente da Câmara de Goiânia que se notabilizou por defender o agachamento do Legislativo ao Paço Municipal, não está nada preocupado com a boa aplicação do duodécimo destinado à execução dos trabalhos dos vereadores.
É o que revela o custo da viagem de Andrey à Europa, sob o pretexto de participar, em Lisboa (Portugal), de uma feira de inovação, ciência e tecnologia. O vereador atravessou o Atlântico com todas as despesas de passagens áreas, hospedagem e alimentação pagas pela Câmara de Goiânia. Valor total da fatura: R$ 40 mil.
A incoerência de Andrey é monstruosa e cínica. Ele vem se manifestando com contundência contra a criação do Fundo do Poder Legislativo, que garante à Casa a prerrogativa de não devolver parte do seu duodécimo à Prefeitura, prática comum de mesas diretoras anteriores, especialmente a dele, para fazer média com o Executivo.
A explicação é simples: sem o fundo, Andrey não teria como bater perna na Europa com recursos da Câmara, já que não haveria recursos disponíveis para isso, por conta da devolução. É a boa e velha tática de jogar para a plateia. Antes de viajar, o vereador do MDB também fez duras manifestações contra o pedido de diligência do projeto do Plano Diretor para correções da Prefeitura.
Andrey quer a Câmara de Goiânia diga amém à agenda do Paço e aprove a toque de caixa os projetos do Executivo, sem a devida discussão com a população. E que, ao final do ano, o Legislativo devolva a sua receita, a que tem direito por lei, ao Executivo. Não sem antes, claro, que ele use o orçamento para bancar suas viagens inúteis, como esta para a Europa e aquela que fez há menos de um mês para Foz do Iguaçu.
Esse Andreyzinho…