terça-feira , 7 maio 2024
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Acusado de racismo, apresentador da Globo Rodrigo Bocardi se defende no Twitter

O apresentador do Bom Dia São Paulo Rodrigo Bocardi usou o Twitter para se defender das acusações de racismo depois de um comentário feito durante o programa da última sexta-feira (7).

O caso aconteceu quando o repórter Tiago Scheuer entrevistava um jovem no metrô que estava indo para um clube de classe alta da cidade. Bocardi pediu para que ele perguntasse se o entrevistado trabalhava pegando as bolinhas de tênis no clube. E então, o rapaz responde que é atleta e que joga polo aquático.

“Muito triste a acusação de preconceito. Eu pratico tênis no Clube Pinheiros. Os jogadores de tênis não usam uniformes, mas os pegadores/rebatedores, sim: uma camiseta igual a do Leonel, com quem tive o prazer de conversar hoje. Ao vê-lo com a camiseta que vejo sempre todos os dias, pegadores/rebatedores de todas as cores de pele, pensei que fosse um deles. Não frequento outras áreas do clube onde outros esportes são praticados. E não sabia que a camiseta era parecida. Se soubesse, teria perguntado em qual área ou esporte trabalhava ou treinava”, anotou o apresentador.

Rodrigo Bocardi disse que, por vir de origem pobre, não teria preconceito. “Nunca escondi minha origem humilde. Comecei a vida como garoto pobre, andando mais de duas horas de ônibus todos os dias para ir e voltar do trabalho e escola. Alguém como eu não pode ter preconceito. Eu não tenho, nunca tive, nunca terei”, disse.

“Condeno atitude assim todos os dias. Se ofendi pessoas, peço desculpas. Não o chamei de pegador pela cor da pele ou pela presença num trem. Chamei-o por ver que vestia o uniforme que eu sempre vejo os pegadores usarem. Peço desculpas ao Leonel”, escreveu Bocardi.

O jornalista ainda foi acusado de ter trocado a foto do perfil, onde aparece cercado por meninos africanos, para tentar se defender das acusações. Bocardi explicou: “A foto do meu perfil no Twitter está aí desde a criação da conta, nunca foi trocada, e foi tirada em 2003 – período que morei em Angola!”, finalizou.

Segundo reportagem do UOL, Leonel Diaz, o jovem que foi confundido com um pegador de bolinhas por Rodrigo Bocardi, além de ser jogador de polo aquático, é sobrinho de um dos ícones da modalidade no país, Barbaro Diaz. Na última quinta-feira (6), o garoto cubano de 18 anos comemorou sete anos morando no Brasil, mesmo período que veste a camisa do Esporte Clube Pinheiros. O clube o proibiu de dar entrevistas.