terça-feira , 26 novembro 2024
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Lissauer defende uso do fundo eleitoral no combate ao coronavírus e suspensão das eleições de 2020

Em entrevista ao programa Patrulha 97 da rádio Morada do Sol 97,7 FM de Rio Verde, nesta segunda-feira (30),  o presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSB), defendeu a utilização do fundo eleitoral no combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e a realização de eleições unificadas em 2022.

Ele também ressaltou a importância da união de todos os Poderes para o enfrentamento à crise, tanto na esfera estadual quanto no âmbito federal. Segundo ele, o momento não é de “brigas partidárias, mas de unidade e parcerias”.

“A situação é muito preocupante. O nosso país precisa, mais do que nunca, de paz e de união. Precisamos que os Poderes caminhem juntos com o objetivo de salvar vidas. Não é momento de brigarmos nas redes sociais, é hora de entendermos que ninguém quer errar e todos estão trabalhando para tirar o Brasil dessa crise. Vejo que os governos estão fazendo o que podem e atuando para minimizar todos os impactos que essa doença trará para o nosso país. Não é hora de brigas partidárias, mas de unidade e parcerias”, ressaltou.

Lissauer também defendeu a utilização dos R$ 2 bilhões reservados para o Fundo Especial de Financiamento de Campanhas (FEFC) nas ações de combate ao coronavírus e mudanças no calendário eleitoral deste ano. Para ele, uma das medidas diante da possiblidade de inviabilização do pleito eleitoral de outubro seria a prorrogação dos mandatos atuais por mais dois anos e a realização de eleições unificadas em 2022.

“Acho que os valores do fundo eleitoral já deveriam estar 100% aplicados nas medidas de enfretamento do vírus em nosso país. Também vejo que não temos condições e nem clima para falarmos sobre eleições nesse momento, mas sou a favor da prorrogação de todos os mandatos até o ano de 2022. E chegando lá, realizarmos eleições unificadas. Seria uma proposta de reforma política, com mandatos de cinco anos sem reeleição”, defendeu o presidente da Alego, deixando claro que muito ainda precisa ser discutido e que essa é a sua opinião sobre o assunto.

Redução de despesas

Durante a entrevista, o presidente da Alego falou sobre as ações desenvolvidas pela Casa para contribuir no combate à Covid-19. Além dos R$ 10 milhões repassados pelo Legislativo goiano ao Poder Executivo, Lissauer informou ainda que outras medidas serão adotadas pelo Parlamento com o objetivo de prestar auxílio econômico ao Estado. Entre elas, a renegociação dos contratos com prestadores de serviços e fornecedores. A intenção é reduzir em 20% os valores repassados pela Casa sem que haja redução na entrega por parte das empresas.

“É momento de crise, o Estado prevê uma queda na arrecadação de 50% nos próximos dois meses e nós vamos ter que cortar na própria carne. Com relação ao salário dos servidores ainda estamos estudando. Quanto aos contratos, já determinei o corte de 20% no convênio de todas as empresas que prestam serviços para a Alego. Vamos fazer os ajustes necessários para garantir que a economia do Estado de Goiás seja recuperada o quanto antes”, frisou.

Em relação ao retorno das atividades econômicas em Goiás, Lissauer ressaltou que ele deve acontecer, mas sob regras e de acordo com as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS). “Acho que as medidas restritivas adotadas pelo governador Ronaldo Caiado logo no início foram extremamente importantes, mas vejo que precisamos retomar aos poucos as atividades econômicas do nosso Estado. Eu sou favorável a isso, mas desde que esse retorno aconteça com regras e seguindo todas as orientações das nossas autoridades de saúde”, sublinhou.