O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, acatou reclamação contra o juízo da Vara dos Feitos Relativos a Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais da Comarca de Goiânia feita pelo advogado Demóstenes Torres e sua equipe – Caio Alcântara e Thieago Agelune – e determinou, novamente, o desentranhamento do processo contra o ex-prefeito de Urutaí, Ailton Martins de Oliveira.
Demóstenes conseguiu anular as provas produzidas no inquérito que apura a compra de vaga no concurso para delegado da Polícia Civil de Goiás em 2017. O ex-prefeito era acusado de pagar para garantir vaga à esposa entre os aprovados. A defesa alegou nos autos que o juízo não anulou as provas e as remeteu para a continuação da investigação, descumprindo decisão do Supremo.
Em agosto do ano passado, o STF entendeu que as provas obtidas pela Polícia Civil durante o inquérito não poderiam valer, pois o então prefeito tinha foro privilegiado e só poderia ser investigado apenas com autorização do Tribunal de Justiça.