“Estamos tendo um crescimento de casos e isso se reflete também nos profissionais de saúde”, explica Flúvia. Em relação ao Hugo, ela diz que, estão sendo feitas testagens em pacientes e nos trabalhadores. “Essas amostras estão sendo processadas dentro de uma triagem rigorosa e todos sintomáticos estão sendo retirados da unidade”, detalha.
Além disso, o Hugo passa por uma desinfecção terminal, que consiste em uma limpeza geral, com ênfase nos locais considerados mais críticos, como aqueles com maior circulação de profissionais e pacientes. O controle de casos também é uma preocupação da Saúde da Secretaria Estadual de Saúde.
Ter profissionais para atender à população é crucial para o enfrentamento à pandemia da Covid-19. “Estamos com um grande numero de casos, essa força de trabalho é essencial neste momento. E, se tivermos muitos profissionais doentes, corremos o risco de não ter como prestar assistência a quem precisa”, diz Flúvia ao confirmar que, após o Hugo, o Hospital das Clínicas já tem trabalhadores infectados.
Sobre o surto no Hugo, a profissional explica que a unidade em questão não é dedicada à Covid-19, diferente do HCamp, HDT e outros hospitais. “Por isso, a ideia inicial era manter o Hugo para o atendimento de traumas, que continuam acontecendo, mas vivemos um momento em que qualquer hospital está sujeito à Covid”, detalha.
Isso ocorre, em grande parte, porque os profissionais de saúde geralmente trabalham em vários hospitais. Essa situação é realidade tanto na capital quanto no restante do Estado. “Diante desta situação, o orientação é tratar todos os pacientes e se comportar como se todos tivessem Covid-19”, aponta Flúvia.
EPIs
Para a superintendente de Vigilância em Saúde, todos os hospitais devem tomar os mesmos cuidados, com a monitoração de pacientes e trabalhadores em saúde. “Não apenas para se evitar que trabalhadores com sintomas trabalhem, mas também a fim de verificar se estão utilizando todos os EPIs”, pondera, ao acrescentar que a colocação e retirada do equipamento é crucial para se evitar a contaminação.
Estudos mostram que grande parte dos profissionais se contamina na hora da retirada dos EPIs. “Devido ao cansaço, jornada exaustiva e outros fatores. Mas é o momento que exige mais cuidado e atenção aos profissionais”, afirma. “Orientamos todos os diretores de hospitais a serem rigorosos na triagem de profissionais e na manutenção de EPIs em qualidade e quantidade suficiente”, completa.