A preocupação da Secretária da Economia, Cristiane Schimdt, de concentrar esforços apenas na busca de socorro Federal e no corte de gastos, começa a provocar estragos na receita tributária.
O Sindifisco aponta que nos últimos 12 meses as autuações do fisco diminuíram em 75%, passando de uma média de 2.700 autos lavrados por mês para pouco mais de 670 autuações em abril/2020.
O fato foi comunicado ao governador por ofício, onde a entidade alerta que o prejuízo direto com a queda das autuações do fisco pode chegar a R$ 250 milhões no final do ano, tendo em vista que cerca de 5% da receita tributária é oriunda diretamente de autuações dos auditores-fiscais, algo em torno de R$ 1 bilhão por ano.
Porém, no oficio enviado ao governador o Sindifisco alerta que o prejuízo indireto é muito maior, uma vez que a diminuição das ações do fisco também provoca a diminuição da percepção de risco, e com isso os bons contribuintes costumam ficar inadimplentes e os maus aproveitam para sonegar ainda mais.
Uma das soluções apontadas pelos auditores-fiscais para reverter o quadro de queda na presença fiscal seria a separação entre Receita Estadual e Secretaria da Economia, ficando cada uma com uma pasta própria.