O Instituto de Assistência do Estado de Goiás (Ipasgo) publicou edital para contratar empresa visando terceirizar pessoal para prestação de serviços de Apoio Administrativo e Apoio em Tecnologia.
O edital prevê o preenchimento de um quadro de 360 analistas administrativos e analistas de desenvolvimento de sistema. Os salários chegam a R$ 7,6 mil por mês.
O custo total do contrato é de R$ 38 milhões por 12 meses, mas cláusula inserida no edital prevê que pode haver prorrogação por até 60 meses, cujos valores reajustados atingiriam R$ 200 milhões.
Tudo isso numa época de grandes dificuldades financeiras vividas pelo governo estado devido à crise do novo coronavírus, cujo agravamento tem recheado o discurso do governador Ronaldo Caiado com alertas de cortes de despesas e até mesmo de atraso do salários dos servidores estaduais.
O edital do Ipasgo define prazo de habilitação de empresas no dia 29/05/2020 e lances de pregão eletrônico em 10/06/2020.
A contratação de pessoal via empresas é uma tentativa manjada de driblar a exigência de concurso público e aboletar apaniguados políticos nos postos de trabalho abertos.
Em abril deste ano, depois de denúncia publicada pelo Goiás24Horas, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) suspendeu licitação do Ipasgo que previa a contratação de software de gestão de plano de saúde, consultoria e pessoal de apoio por um valor estimado em quase R$ 125 milhões.
Segundo a medida cautelar baixada pelo conselheiro Edson Ferrari, foram detectados diversos indícios de irregularidades no edital. Uma deles, por sinal, foi a burla da exigência de concurso público.