Motoboys e ciclistas que utilizam os aplicativos de entrega estão se organizando em todo o país para um protesto no dia 1° de julho. A categoria pede melhores condições de trabalho durante o período da pandemia de coronavírus.
Ythalo Portela, que faz parte de movimentos de lutas de classe e faz entregas de bicicleta, é um dos representantes da categoria – que não tem sindicato formal – e organizador do evento. Segundo ele, uma grande manifestação deve ocorrer na Praça Cívica.
Os trabalhadores reivindicam um aumento no pagamento das corridas e da taxa mínima das entregas, seguro de vida, cobertura contra roubos e acidentes, além de um voucher para compra de equipamentos de proteção individual.
Segundo a Folha de São Paulo, os entregadores também pedem o fim de bloqueios e desligamentos indevidos pelos aplicativos e o fim do sistema de pontuação, que serve como uma forma de delimitar e escolher certos tipos de entregas que os motoboys podem fazer.
Uma nota técnica do Ministério Público do Trabalho exige que as empresas garantam algum tipo de segurança aos profissionais de transporte de mercadorias e passageiros por aplicativos digitais. A regra é fornecer álcool em gel 70%, lavatórios com sabão e papel toalha, espaços para higienização dos veículos e água potável para o consumo próprio.
A distribuição, no entanto, não é suficiente, dizem os motoboys, fazendo com que os custos desses itens saiam do próprio bolso.