quinta-feira , 25 abril 2024
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Bolsonaro diz estar “de saco cheio” com Wassef e pode estourar guerra

Brasil247 – Jair Bolsonaro afirmou a interlocutores que já está irritado com o advogado Frederick Wassef, que defende o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Segundo pessoas que conversaram com Bolsonaro pai, ele está “de saco cheio” de Wassef. A informação foi publicada pela coluna de Mônica Bergamo. O advogado anunciou no domingo (22) que deixará a defesa do parlamentar. O filho de Jair Bolsonaro contratou novo advogado, Rodrigo Roca, para o lugar dele.

A polícia de São Paulo prendeu Fabrício Queiroz na última quinta-feira (18) em um imóvel que tinha o advogado como proprietário em Atibaia, no interior de São Paulo.

Ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Queiroz está envolvido em um esquema de lavagem de dinheiro na Assembleia Legislativa do Rio – o parlamentar cumpria mandato de deputado estadual.  De acordo com relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), Queiroz movimentou R$ 7 milhões de 2014 a 2017.

Ao justificar a prisão de Queiroz, o Ministério Público do Rio de Janeiro afirmou que ele tentava obstruir as investigações e não comparecia a depoimentos. O MP-RJ também suspeita que Wassef tenha coagido Queiroz a se esconder na casa de Atibaia.

Outro detalhe é que, segundo o juiz Flávio Itabaiana Nicolau, da 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), mensagens de Márcia Oliveira de Aguiar, esposa de Queiroz, deram conta de que ela comparou o marido com um bandido “que tá preso dando ordens aqui fora, resolvendo tudo”.

Uma das testemunhas que deixaram de ser ouvidas foi Danielle Nóbrega, ex-mulher do capitão do Bope, Adriano Nóbrega, miliciano morto no começo deste ano pela polícia na Bahia e que era ligado à família Bolsonaro.

Nóbrega era o chefe do chamado Escritório do Crime, grupo de matadores de aluguel com “sede” no Rio e suspeito de envolvimento com a morte da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada pelo crime organizado. Ela era ativista de direitos humanos e denunciava a truculência policial, bem como a atuação de milícias nas favelas.