Veja texto que o jornalista Elder Dias publicou no Facebook:
Povo falando mal do governo estadual porque está trazendo o Paul McCartney para Goiânia.
E daí usam o argumento sofista de que “por que não aplicam isso em educação ou segurança etc.?”. É a mesma base de sustentação de quem acha que a Igreja deveria vender o Vaticano e tudo e só pregar com a boca. Fácil falar, difícil estar no lugar e fazer assim.
Ora, no mundo de hoje, imagem conta muito. E tanto a imagem do governo quanto a de Goiás e de Goiânia andam muito desgastadas. A autoestima do povo aqui do Cerrado está lá embaixo, com cachoeiras e tudo o mais que passamos.
Então, em vez de descer a lenha no governo, desta vez eu tenho é de parabenizar. Primeiro pela estratégia de oferecer pão e circo — no caso, o circo. E o circo “certo”.
Foi a melhor notícia que saiu do Palácio das Esmeraldas em mais de dois anos — e dizer isso não é exatamente um elogio ao governo. Afinal, já não teremos Copa do Mundo por aqui, apesar de ter futebol melhor que Brasília, Natal, Cuiabá, Manaus e Fortaleza. Por que não podemos pelo menos receber uma lenda da música?
Porque o dinheiro poderia ser investido (lá vai o mesmo argumento) em investimentos e blablablá? Ok, mas com certeza o show não vai ser de graça. Vamos pagar por isso. Vamos receber turistas, principalmente de Brasília, que, como em 2011, outra vez ficou sem o show (ô, dó…). Vai movimentar o comércio local, com certeza.
E com certeza da mesma forma, se o governo vai trazer Paul, isso é de verba “carimbada” para entretenimento: trazendo Paul, evita a gente de ter Ivete Sangalo, Luan Santana ou Michel Teló naquele réveillon da Praça no fim do ano… É só pensar nisso também.