sábado , 23 novembro 2024
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Prefeito de Iporá é acusado de furar fila da vacina contra novo coronavírus

Dois vereadores de Iporá denunciaram que o prefeito Naçoitan Leite ( PSDB) teria recebido a dose da imunização na sexta-feira (29). O caso deve ser apurado pelo Ministério Público de Goiás. A informação foi publicada pelo JornalOpção.
A vereadora Heb Keller Fernandes (Republicanos) diz que recebeu uma denúncia de uma moradora que avistou um carro da Secretaria Municipal de Saúde parando na frente da casa do irmão do prefeito, Adailto Antônio. Ela disse ainda ter visto uma enfermeira entrando na residência com uma caixa de isopor, que poderia ter doses de vacina contra Covid-19.Em um vídeo, o vereador Moisés Magalhães (Republicanos) tenta registrar a denúncia, que acaba em confusão com servidores e com o próprio prefeito Naçoitan.

Os vereadores chamaram a Polícia Militar, que foi até o local. Segundo consta no boletim de ocorrência, o prefeito Naçoitan recebeu os policiais e os convidaram a entrar na residência. A equipe policial, no entanto, não encontrou vacinas, caixas térmicas ou seringas. Logo depois, o carro da secretaria de saúde saiu sem a enfermeira.

A vereadora Heb Keller afirma que logo após o incidente, quando os policiais haviam ido embora, conseguiu registrar a saída da enfermeira da residência. O vereador Moisés Magalhães, no mesmo momento, foi verificar se a enfermeira estava na unidade de saúde na qual atua e não a encontrou por lá.

Os dois vereadores foram então confrontar o prefeito sobre o suposto “fura-fila” da vacinação, mas ele os insultou. Heb Keller afirma que denunciou o caso ao governador Ronaldo Caiado (DEM) e deve registrar o caso no Ministério Público.

O prefeito diz que se trata de denúncia de vereador de oposição. Naçoitan ainda contesta o fato de a Polícia Militar ter invadido a residência sem mandado judicial. “Inclusive invadiu e viu que não tinha nada. Constatou que não tinha nada. Mas vou processar todos”, afirma. Ele ainda diz que os vereadores invadiram a sala de vacinação na Secretaria de Saúde, o que seria crime.