O senador Vanderlan Cardoso (PSD) é visto como o maior “perna de pau” da política goiana. Aquele que dribla um, dribla dois, engana o terceiro, mas na hora de passar a bola, quer fazer o gol sozinho, mas acaba chutando para fora. Meirelles não é diferente. Ambos são ricos, pragmáticos e bem-sucedidos, mas de política entendem pouco e de respeito, menos ainda. O ex-presidente do banco central no governo Lula, que não pisou em Goiás nem para se filiar, disse que está tudo acertado para ele ser candidato a senador na chapa de Caiado.
Ocorre que o artilheiro sem muitos gols, senador Vanderlan Cardoso, esqueceu de combinar com a zaga da Rússia. No caso, com os goianos e os mais de nove partidos aliados. O deputado federal Zacharias Calil (DEM), que não se mete muito nas polêmicas políticas, foi o primeiro a dar o tom de que Meirelles não é tão bem-vindo assim: “Ele não tem serviço prestado em Goiás”. E continua: “O pessoal de São Paulo acha que aqui é terra de ninguém”.
A filiação do ex-ministro Henrique Meirelles mostra que o PSD de KASSAB em Goiás perdeu não só a essência, mas a rigidez de seriedade com o povo goiano. O partido se tornou um instrumento de jogo e vaidades pessoais, de jogatina e falta de robustez política.
O histórico de vida política do bilionário, goiano de Anápolis, ex-chefe do Banco Central, não é dos melhores. Eleito deputado federal em 2002, Meirelles não ficou um dia sequer na Câmara Federal, abrindo vaga para participar do governo Lula, um dos mais corruptos da história do país. Implantou Juquinha das Neves na Valec, que foi um dos maiores pontos de corrupção financeiro do país.
Nesse mesmo cenário, Meirelles deixou órfã a política goiana daquelas série de promessas embelezadas, quando a campanha política era, ainda financiada, pelas pessoas jurídicas, no caso: Meirelles protagonizou um arrombo financeiro na campanha eleitoral de 2002.
O PSD em Goiás, a cada dia, se transforma num partido que nem eles mesmos acreditam. Não leva a sério e não dá sequência; muito mais pautado no “blefe” e na orquestra com maestro que não pisa em Goiás desde que Marconi Perillo deixou o governo.
No encontro de São Paulo, notou-se a ausência de Vilmar Rocha, que alegou motivos pessoais. Mas agora, o democrata que tem assumido papel de cacique coadjuvante, tenta alegrar-se com a segunda tragédia troiana emboscada por Gilberto Kassab: Henrique Meirelles que procura fazer “parzinho de dois” com Vanderlan Cardoso, um dos políticos mais inconfiáveis da história política do Estado.
A instabilidade política partidária é elemento que une Vanderlan e Meirelles. Henrique se elegeu pelo PSDB, participou todos os dias do governo Lula, foi candidato a presidente pelo PMDB e agora retorna ao PSD, partido em que afirma ser fundador sem sequer ter assinado, em Goiás, a lista de criação do partido.
Já Vanderlan Cardoso, a ficha partidária correu o PL, MDB, PSB, PP e PSD. Essa é a cara do novo PSD de Goiás.
(Jornal Hora Extra)