segunda-feira , 25 novembro 2024
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Governo de Goiás abre 50 novos leitos de UTI e alerta para que goianos se unam contra a pandemia

O governador Ronaldo Caiado prepara a abertura de mais 50 Unidades de Terapia Intensiva (UTI), em diferentes regiões do Estado, para garantir tratamento adequado aos pacientes com Covid-19. A expansão se faz necessária devido ao aumento sustentado da taxa de ocupação hospitalar. Entretanto, a gestão estadual defende que, para frear a disseminação do vírus e o avanço da pandemia, somente a abertura de leitos não é suficiente.

Constantemente, o governador Ronaldo Caiado reforça a necessidade do distanciamento social e do cumprimento dos protocolos de segurança sanitários por parte de toda a população.

Para esta semana, está prevista a abertura de 11 leitos de UTI em Quirinópolis, no Sudoeste goiano; nove em São Luís de Montes Belos, na região Oeste; e 10 em Itumbiara, no Sul do Estado. Até 1º de abril, outros 20 serão abertos no Hospital das Clínicas Dr. Serafim Carvalho, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), localizada em Jataí. Atualmente, a rede estadual conta com um patamar de leitos superior à primeira onda, em unidades próprias e conveniadas. Essas estruturas estão distribuídas em 20 hospitais, localizados em 15 diferentes municípios de todas as cinco macrorregiões de saúde goiana.

Além destas 50 novas UTIs, nos últimos dias o Governo de Goiás abriu mais 118 leitos para pacientes críticos. Destes, 24 estão na capital, sendo dez no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) e 14 no Hospital de Campanha para enfrentamento do coronavírus (HCamp) de Goiânia. Já no interior foram criadas 94 unidades críticas em parceria com prefeituras, além de unidades próprias e conveniadas. Localizados em oito municípios, os leitos recém criados estão em Itumbiara (10), Luziânia (10), Mineiros (5), Nerópolis (26), Porangatu (5), Rio Verde (25), Senador Canedo (11) e Trindade (2).

Durante reunião on-line realizada com autoridades políticas, na última quarta-feira (17/02), o governador Ronaldo Caiado destacou que, em virtude do crescimento do número de infectados, o Estado trabalha na abertura de novos leitos para garantir assistência às pessoas que necessitarem de internação. Ele afirmou que “o momento é grave, não é de omissão, nem de se acovardar”, e alertou para que cada cidadão goiano faça sua parte e siga as medidas sanitárias. “É afrontoso ver, neste momento, pessoas morrendo e outras festejando como se não houvesse nada, como se não ampliassem a disseminação [do coronavírus]”, disse.

O secretário de saúde Ismael Alexandrino tem enfatizado reiteradas vezes a necessidade de a população fazer a sua parte para que se diminua a contaminação, sobretudo neste momento em que o Brasil apresenta números crescentes e que há o surgimento de novas cepas circulantes do vírus. “Não caiam na cilada de pensar que é só abrir leitos. Não é só isso, são necessários equipe e equipamentos”, pontuou, ao frisar que, se os goianos não seguirem as medidas sanitárias, somente a abertura de estruturas para tratamento da Covid-19 não irá conter a disseminação do coronavírus no Estado.

Outras medidas
O Governo de Goiás também emitiu uma nota técnica, na última terça-feira (16/02), com recomendações para barrar o avanço da Covid-19 no território goiano. O documento orienta que municípios trabalhem de maneira pactuada e articulada na formulação de decretos e protocolos. Também aponta uma série de medidas em função do aumento no número de casos e de óbitos confirmados, bem como no quantitativo de solicitações de internações e na taxa de ocupação hospitalar.

Para guiar as ações voltadas para gestão de serviços e controle de contágio, foi considerada uma divisão de 18 regiões no Estado e criado um mapa definindo a gravidade de cada local. Para tal, foram considerados seis indicadores, divididos da seguinte maneira: velocidade de contágio no tempo (Rt); incidência de casos de síndrome respiratória aguda grave e variação de mortalidade por Covid-19, para avaliar a aceleração do contágio; e as taxas de crescimento de solicitações de leitos de UTI; de ocupação de leitos de UTI; e de ocupação de leitos de enfermaria, públicos e privados, dedicados para pacientes com Covid-19, para avaliar a sobrecarga do sistema de saúde.