Principal estrela da campanha publicitária da Caixa Econômica para divulgar o auxílio emergencial, o locutor de rodeio Cuiabano Lima foi o mestre de cerimônias do presidente Jair Bolsonaro durante o ato pró-governo do último sábado (15). O evento, organizado por ruralistas e religiosos, causou mais uma aglomeração em meio à pandemia. Vestidos de verde e amarelo, os participantes protestavam contra as medidas de isolamento social para combater a covid-19, pediam “intervenção divina” e anunciavam: “Bolsonaro, eu autorizo”, em alusão a uma tentativa de golpe militar.
Cuiabano negou que tivesse recebido cachê para participar do evento. “Eu estava lá por livre vontade. Fui pelo agro. Eu sou produtor rural e estava representando a classe do agronegócio. Tenho uma fazenda no Triângulo Mineiro e integro a classe de produtores que está ajudando o Brasil. Ninguém parou”, disse ao ser questionado sobre a participação no evento.
O contrato para a campanha da segunda fase do auxílio foi firmado com a Propeg, uma das agências de publicidade contratadas pelo banco através de processo licitatório.
A assessoria da Caixa, no entanto, não informou o valor do cachê pago ao artista e indicou que os dados ficarão disponíveis no portal de transparência em até 90 dias após a finalização da campanha.
No ano passado, Cuiabano participou de outra campanha do Banco, desta vez ao lado do cantor Gustavo Lima para divulgar a Mega Sena da Virada. O valor do cachê na época foi de R$ 36 mil.
(Com informações do site Congresso em Foco)