O presidente Jair Bolsonaro disse, na manhã desta quarta-feira (2), que a médica Nise Yamaguchi participou de um “verdadeiro tribunal de exceção” ao responder questionamentos de senadores na CPI da Covid, nessa terça-feira (1). “É inadmissível que profissionais de saúde sejam tratados de forma tão covarde”, escreveu o presidente em seu Twitter.
Bolsonaro ainda declarou, em outra publicação, que é preciso “respeitar a autoridade e a autonomia médica”. O argumento da importância da autonomia médica foi utilizado por Nise, em seu depoimento, ao defender o uso da cloroquina no tratamento precoce de pacientes infectados pela covid-19.
“Médicos devem ter liberdade para salvar vidas e isso vem sendo ameaçado por um grupo político que atua visando somente atacar o governo enquanto nega investigar desvios de recursos para o combate à pandemia”, acrescentou Bolsonaro, na publicação.
A oncologista Nise Yamaguchi depôs à CPI na condição de convidada, não de testemunha, como os demais que prestaram depoimento aos senadores desde a instalação da comissão. Lá, a médica tentou se descolar do presidente Bolsonaro, negou a existência e participação em um suposto “gabinete paralelo” e rebateu acusações de que teria sido autora de uma minuta de mudanças na bula da cloroquina, para que o medicamento pudesse ser receitado no país. Veja, aqui, os principais pontos do depoimento.