quarta-feira , 17 julho 2024
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“Superpedido” de impeachment de Bolsonaro é protocolado na Câmara dos Deputados

Partidos políticos, parlamentares e entidades da sociedade civil protocolaram nesta quarta-feira (30) na Câmara o chamado “superpedido” de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

A solicitação tem um total de 46 signatários e unifica denúncias e argumentos que já foram apresentados nos outros 123 pedidos de impeachment protocolados na Câmara, mas que não foram pautados pelo presidente Arthur Lira, que é da base aliada de Bolsonaro. Elaborado por um grupo de juristas, o documento, com 271 páginas, atribui ao presidente brasileiro 23 crimes de responsabilidade e é assinado por partidos como PT, PCdoB, PSB, PDT, PSOL, Cidadania, Rede, PCO, UP, PSTU e PCB.

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e o 342 Artes também estão entre os signatários do texto.

Após a entrega do pedido de impeachment, os grupos da esquerda, da direita e do centro participaram de um ato. Entre os presentes estavam os deputados Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT e deputada pelo Paraná, Kim Kataguiri (DEM-SP, representando também o MBL – Movimento Brasil Livre), Alessandro Molon (PSB-RJ), Talíria Petrone (PSOL-RJ), Benedita da Silva (PT-RJ) e a ex-aliada de Bolsonaro, Joice Hasselmann (PSL-SP).

Além dos políticos, o evento contou ainda com a presença de representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), a Coalizão Negra por Direitos, entre outros.

Durante discurso, os deputados Joice e Kim ressaltaram que não pensaram duas vezes para assinar o pedido de impeachment de Bolsonaro, o qual chamaram de “genocida”.

A ex-aliada de Bolsonaro ainda afirmou que jamais votaria novamente no atual presidente, “nunca mais, nem com uma arma na cabeça”.

Ontem, líderes de partidos de oposição voltaram a defender o afastamento do presidente Bolsonaro, principalmente depois da denúncia do deputado Luis Miranda (DEM-DF) e do seu irmão Luis Ricardo na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid do Senado.

Na ocasião, o deputado alega ter alertado Bolsonaro sobre suspeitas de irregularidades no contrato de aquisição da vacina indiana Covaxin.