sábado , 23 novembro 2024
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Presidente da Fieg fala sobre alteração no horário de consumo de energia pela indústria

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, comentou nesta quarta-feira (30/06) o anúncio feito ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, sobre a alteração no horário de consumo de energia elétrica da indústria para horários menos disputados, prevista para começar em julho.

A mudança será voluntária e é decorrente da crise hídrica. O ministro afirmou ainda que pode haver compensações para as indústrias que aderirem ao programa. Ainda ontem a Aneel reajustou a bandeira tarifária 2. A cada 100 quilowatts-hora consumidos, serão pagos R$ 9,49.

Em entrevista à Rádio CBN Goiânia, Sandro Mabel reconheceu a gravidade do momento diante da escassez hídrica. “A situação é grave, nós estamos orientando as indústrias para aderirem ao processo anunciado pelo governo, buscarem economizar. Àqueles que têm geradores, estamos pedindo para usarem também. Porém, é necessário que seja um esforço de todos, não só das indústrias”, reforçou. O presidente da Fieg acrescentou que essas medidas anunciadas são naturais, já que a ninguém tem controle sobre a seca, e a sociedade tem que ajudar a mitigar esses problemas, seja economizando em casa e nos locais de trabalho.

Questionado sobre o impacto que essa medida do governo federal pode ter no setor industrial, Sandro Mabel alertou que a elevação do custo de energia pode sim afetar a produção e, consequentemente, o consumidor final e que isso representa risco de restringir o esperado processo de recuperação da economia.

“Num momento de retomada, de busca de recuperar a produção, a geração de emprego e renda, tem se a notícia de elevação de preço que pode, sobremaneira, impactar ainda mais na competitividade da indústria em relação à produção interna, com um custo elevado da energia elétrica pelo uso das térmicas e o repasse do custo para a conta de energia”, enfatizou.

Ele observou ainda que o setor industrial é consciente do uso sustentável dos recursos naturais e busca diuturnamente sua melhoria, tanto que uma demanda recorrente das indústrias é pela modernização do setor elétrico e uma das propostas que tanto a Fieg quanto a CNI defendem diz respeito à criação de um mercado livre de energia no País, além da diversificação da matriz energética brasileira. Bom