terça-feira , 5 novembro 2024
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Goiás registra queda de 18% nos crimes com mortes no primeiro semestre

Balanço divulgado nesta quinta-feira (8/7) pela Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) aponta que o Estado registrou no primeiro semestre de 2021 queda de 18% em todos os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), na comparação com igual período de 2020. A taxa integra as ocorrências de homicídios (-18%), latrocínios (-9%) e lesão corporal seguida de morte (-50%). Os dados são do Observatório de Segurança Pública e foram apresentados pelo secretário de Estado da Segurança Pública, Rodney Miranda, na sede da SSP-GO, em Goiânia.

Durante a exposição, o chefe da pasta destacou o número de homicídios registrados no mês de junho deste ano, que foi o menor dos últimos 10 anos, com apenas 73 casos em todo o Estado. Na série histórica dos primeiros seis meses do ano, a diminuição da modalidade criminosa fica ainda mais expressiva, com -14% de 2018 para 2019 (quando assumiu a atual gestão do Governo de Goiás); -17% de 2019 para 2020; -18% de 2020 para 2021.

Para o secretário, os indicadores de criminalidade comprovam a excelência do trabalho desempenhado pelas forças policiais e a eficácia das estratégias adotadas pela gestão do Estado nos últimos dois anos. “Esse é o fruto do trabalho realizado. Trabalho de integração, de inteligência, juntamente com o nosso esforço de reorganização do sistema prisional. Então foi um somatório desses fatores que levaram a esses números expressivos de redução”, comemorou.

Os números positivos também foram verificados nos Crimes Violentos Contra o Patrimônio (CVP), com a queda de 34%. Essa modalidade inclui, por exemplo, os roubos de veículos, que diminuíram 32%, a transeuntes, que caíram 39%, em residência, que recuaram 41% e os roubos em comércios, que reduziram 36%. Na zona rural, o número de roubos em propriedades caiu 37%. O Estado saiu de uma média diária de 27,7 roubos de veículos por dia, em 2018, para 5,7 neste ano.

Os dados também consolidam a tendência de queda na violência, que vem acontecendo desde 2019. Segundo Rodney Miranda, a meta é reduzir, cada vez mais, os crimes em Goiás, devolvendo a tranquilidade aos goianos. “Nós temos cidades e um Estado mais seguros. Vamos continuar trabalhando com a mesma seriedade e o mesmo empenho, para alcançar zero em todos os crimes. Esse sempre foi o nosso objetivo e vai continuar sendo”, destacou o titular da pasta de Segurança Pública.

Produtividade
Durante o primeiro semestre de 2021, as forças policiais apreenderam mais de 25 toneladas de drogas, o que representa uma média de 136 quilos de entorpecentes retirados das ruas diariamente. Nesse período, houve um aumento de 94% nas apreensões de cocaína no Estado, na comparação com igual período do ano passado. “Lembrando que cerca de 80% dos crimes graves tem relação direta com o tráfico de drogas. Então isso também ajuda a explicar a redução nos demais crimes”, pontuou o chefe da SSP-GO.

Ainda nos primeiros seis meses de 2021, as forças de segurança pública de Goiás apreenderam 2.782 armas de fogo; realizaram 766.685 abordagens policiais e efetuaram 15.381 ações preventivas. Foram deflagradas 14.750 operações, com o cumprimento de 2.356 mandados de prisão e 14.088 prisões em flagrante. Com as políticas de reestruturação do sistema prisional, o Estado teve redução de 71% nos homicídios em presídios e uma queda de 68% de evasão carcerária.

“Quando nós chegamos ao governo, não era incomum presidiários dando ordens para o cometimento de crimes, dentro e fora [dos presídios]. Nós praticamente acabamos com isso, o que é muito importante. Os presídios hoje são locais para o cumprimento de pena e não locais de lideranças ou planejamento de ações criminosas. Isso reflete, certamente, nos bons números que nós estamos tendo”, enfatizou o secretário.

As ações do Batalhão Rural, da Polícia Militar, criado em 2019, contribuíram para a maior proteção às famílias que vivem no campo. De janeiro a junho deste ano, a unidade realizou 151 prisões em flagrante, a captura de 81 foragidos da justiça, apreensão de 167 armas de fogo, recuperação de 34 veículos furtados/roubados, além de 25.974 ações de monitoramento e 14.258 visitas rurais. Ao todo, 11.390 propriedades rurais foram cadastradas no sistema do Centro Integrado de Inteligência Comando e Controle.

No primeiro semestre de 2021, a Polícia Técnico-Científica realizou 32.302 perícias criminais e 24.891 perícias médico-legais. O trabalho com o Banco de Perfis Genéticos também rendeu diversas premiações nacionais. Entre elas, o primeiro lugar no cumprimento dos requisitos da Rede Integrada dos Bancos de Perfis Genéticos, o segundo lugar na identificação de pessoas desaparecidas e em coincidências de perfis genéticos. Goiás foi ainda o terceiro estado que mais inseriu novos perfis no Banco de DNA e o quarto em números absolutos de perfis genéticos.

O Corpo de Bombeiros Militar (CBMGO) combateu, nos primeiros seis meses do ano, 1.921 incêndios florestais e 1.392 incêndios urbanos. A corporação efetuou ainda 337 atendimentos por meio do Grupo de Ações e Respostas Rápidas (Garra) e 10 atendimentos de UTI aérea. Ao todo, foram 8.807 ações de busca e salvamento.

Combate à corrupção
A atual gestão do Governo de Goiás implantou uma rede para coibir irregularidades, composta pela Superintendência de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado, dentro da estrutura da Secretaria de Estado da Segurança Pública. A rede inclui o fortalecimento das delegacias especializadas já existentes, a criação de dois grupos de perícia especializados nas ações de combate à corrupção, dentro da Polícia Técnico Científica, e a implantação do Disque Combate à Corrupção 181.

Além disso, a criação da Delegacia Especial de Combate à Corrupção (Deccor), da Polícia Civil, tem contribuído para o combate a essa modalidade criminosa. Apenas no primeiro semestre de 2021, foram quatro operações deflagradas pela Deccor, que resultaram no cumprimento de 33 mandados de busca e apreensão, mais de R$ 148 mil em valores e mais de 3 mil em dólares apreendidos. As diversas ações realizadas também foram responsáveis pelo bloqueio de mais de R$ 29 milhões das contas dos investigados.