O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, depois de participar na manhã de hoje de uma motociata em Porto Alegre. Em discurso para apoiadores, Bolsonaro disse que Barroso não deveria ser ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) por, em sua visão, “defender bandeiras”. Ontem, Bolsonaro chamou Barroso de “idiota e imbecil” por ser contra a implementação do voto impresso.
O ministro do STF respondeu por meio de uma nota do TSE defendendo a lisura das eleições realizadas em urna eletrônica e dizendo que impedir eleição configura crime de responsabilidade.
Hoje, o presidente não recuou e fez novos ataques ao ministro. “Ministro que defende o aborto, que defende a liberação das drogas. Ele não tinha que estar no Supremo, mas no parlamento para defender suas bandeiras”, disse Bolsonaro, que ainda mentiu ao dizer que o ministro defende a pedofilia. Em outro trecho do discurso, o presidente disse que Barroso quer a “volta da impunidade e da fraude eleitoral” ao defender a manutenção do voto eletrônico. Apesar da declaração, até hoje nunca foi provada fraude no atual sistema e o presidente nunca apresentou indícios de suas suspeitas.