O pré-candidato a presidente da OAB Goiás, Pedro Paulo de Medeiros, defende que a eleição de novembro seja “ampla e democrática”, com a participação de todos. Para isso, pediu à direção da Ordem que faça a eleição de forma on-line, como já ocorreu em outros estados, e que permita a participação com o voto de todos, inclusive dos advogados que estão em débitos com a instituição. Hoje, a regra diz que os inadimplentes não podem votar nem serem votados na eleição.
“Em virtude da pandemia, pedi para a OAB que realize a eleição de forma on-line e que permita aos colegas com débitos pendentes a participação na escolha do nosso próximo representante”, disse Pedro Paulo. “Fazer diferente disso é limitar o voto aos advogados mais ricos, é fazer uma eleição antidemocrática, que pode não refletir a verdadeira vontade da advocacia”, defende.
Em uma decisão monocrática, o presidente Lúcio Flávio negou o pedido de Pedro Paulo, que lidera todas as pesquisas como candidato de oposição à atual gestão. “A decisão da direção da OAB retrata o medo de uma nova mudança, um desejo que cresce a cada dia na advocacia goiana”, afirmou.
“O voto não pode ser privilégio de uma casta favorecida. O voto é de todos, da mesma forma que a OAB não pode ser usada como instrumento de poder para manutenção de privilégios de meia dúzia. A OAB precisa voltar a lutar por todos e, especialmente, por aqueles que mais precisam dela”, afirmou Pedro Paulo. Ele disse que irá recorrer a instâncias superiores para garantir a eleição on-line e o voto dos inadimplentes.
“Vivemos um momento crucial para a advocacia, e nosso futuro deve ser decidido de forma democrática e inclusiva, e não de forma autoritária, por uma minoria que se julga acima dos demais”, defendeu.
Em entrevista ao site Rota Jurídica, Pedro Paulo defendeu o Programa Anuidade Zero, já implementado em outras seccionais.
“A OAB não tem a missão de lucrar com anuidades. É preciso pensar em ações que facilitem o exercício profissional, aumentem os rendimentos dos profissionais e cuidem do bem-estar da advocacia. É para isso que a OAB existe”, pontuou.