quarta-feira , 17 julho 2024
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Empresários e banqueiros assinam manifesto pedindo paz entre os poderes

Presidente Jair Bolsonaro com o Osmar Terra, a quem entregou a caneta da assinuatura da liberação de dinehiro para op combarte a pandemia, durante a cerimônia de posse do novo ministro do Tursimo, Gilson Machado, no Palácio do Planalto Sérgio Lima/Poder360 17.12.2020 Sérgio Lima/Poder360 17.12.2020

Manifesto encabeçado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com a participação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com mais de 200 assinaturas, deverá ser divulgado nesta terça-feira (31). Embora o documento não cite diretamente o nome do presidente Jair Bolsonaro, o principal destinatário da mensagem é evidente. E foi a adesão da Febraban a esse movimento que levou os bancos públicos – Banco do Brasil e Caixa – a considerarem se retirar da federação.

O fato de o documento ser capitaneado pela Fiesp é significativo. O presidente da Federação das Indústrias de São Paulo, Paulo Skaf, sempre foi visto como um aliado de Bolsonaro. E seu nome chegou a ser cogitado para disputar o governo de São Paulo ou o Senado na linha de apoio a Bolsonaro.

Nos últimos tempos, porém, Skaf parece ter se aproximado do presidente do PSD, Gilberto Kassab, que caminha a passos rápidos para a oposição ao governo. Skaf participou no dia 13 de agosto de um almoço de comemoração do aniversário de Kassab e posou para fotos ao lado do presidente do PSD e do ex-governador paulista Geraldo Alckmin, que mudou para o partido e deve disputar pela legenda novo mandato ao governo.

Independentemente das pretensões de Skaf, o que o manifesto parece demonstrar é o cansaço do mundo empresarial e financeiro à manutenção de crise permanente que o estilo Bolsonaro imprime. O que se comenta é que a intenção do mundo econômico não é ainda de desembarque. Mas de busca de paz para avançar em torno de alguma agenda, de alguma coisa. Que Bolsonaro trava com seu estilo bélico. Se ele mudar, pode ainda haver alguma conversa. Mas o problema é que Bolsonaro não muda.

(Matéria do site Congresso em Foco)

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