Com o objetivo de implementar um centro de prototipagem e treinamento para testes diagnósticos rápidos no recém-inaugurado Centro Multiusuário de Pesquisa de Bioinsumos e Tecnologias em Saúde (CMBiotecs), a Universidade Federal de Goiás (UFG), por meio do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPSTP), e a Merck, empresa de saúde em ciência e tecnologia, inauguram o Centro de Inovação em Tecnologia, que será o primeiro no Brasil a concentrar técnicas de biologia molecular, biossensores eletroquímicos e testes rápidos por imunocromatografia de fluxo lateral em um mesmo local.
A aliança estratégica firmada com a Merck ajudará na ampliação das fases de Pesquisa e Desenvolvimento para identificação do ciclo de vida das tecnologias dedicadas à execução de testes diagnósticos rápidos, também conhecidos como Point of Care (Poct), não apenas em saúde como também em necessidades da agricultura e pecuária. A Merck investirá recursos financeiros, além de contribuir com expertise técnico-científica para desenvolvimento profissional e projetos do Centro de Inovação em Tecnologia.
“Essa colaboração com a Merck nos deixou muito felizes porque contribuirá para a consolidação de um grupo de excelência técnico-científica em testes rápidos, servindo como ponte entre a academia e empresas dessa área. O projeto visa o fortalecimento da capacidade produtiva da indústria e sua independência tecnológica, por meio da geração de mão de obra especializada e de testes rápidos de interesse do mercado, contribuindo, assim, no controle das doenças endêmicas e questões relacionadas à saúde humana no Brasil”, explica a coordenadora do projeto e pesquisadora de Imunologia Aplicada no IPTSP UFG, Samira Buhrer.
Dois laboratórios do Instituto de Química (IQ) da UFG participam desse projeto, complementando as principais tecnologias diagnósticas disponíveis de testes diagnósticos rápidos. O Instituto conta com uma Central Analítica, que oferece acesso da comunidade a todas as técnicas instrumentais básicas (espectroscopia de infravermelho, análise elementar, absorção atômica, cromatografia em fase líquida) e avançadas (técnicas termo analíticas e microscópicas – microscopia de força atômica e microscopia eletrônica de varredura).
“Esta iniciativa com a UFG nos permite avançar em nossa missão: colaborar com a comunidade científica para solucionar desafios complexos em Life Science. É motivo de orgulho poder acelerar a pesquisa diagnóstica no Brasil e, futuramente na América Latina, tão fundamental para superar os desafios em ciência, que ficaram ainda mais evidentes com a pandemia”, conta o diretor Comercial de Research da Merck Brasil, Fabio Demetrio.