O aumento temporário do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado na quinta-feira (16) pelo governo, irá deixar o imposto cobrado nas operações de crédito um pouco mais caro. A medida amplia a alíquota de IOF cobrada sobre operações de crédito de pessoas físicas e jurídicas a partir desta segunda-feira (20), quando a medida passa a valer, até 31 de dezembro deste ano.
A intenção, de acordo com o governo, é levantar recursos para financiar neste ano o Auxílio Brasil —versão ampliada do Bolsa Família—, além de pesquisas ligadas à Fiocruz. A verba para o programa nos anos seguintes deverá vir de outras fontes, ainda em definição.
O IOF incide, atualmente, sobre operações de crédito, de câmbio, de seguros e de alguns investimentos, cobrado de diferentes maneiras em cada um deles.
O aumento temporário valerá apenas para transações de crédito – os demais seguem como estão.
“Afetará praticamente todas as operações de crédito. Para a pessoa física cairá sobre o cheque especial, o crédito pessoal e financiamento de veículos. Para as pessoas jurídicas, afeta o capital de giro e a antecipação de recebíveis, por exemplo”, disse o economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Nicola Tingas.
O cartão de crédito também sofre cobrança de IOF, mas apenas quando a pessoa atrasa a fatura e cai no crédito rotativo — neste caso, o IOF cobrado também ficará maior.